terça-feira, 1 de maio de 2012

O PODER TRANSFORMA OU REVELA PESSOAS?



CRÔNICA DO BLOG DO NETO PIMENTEL

Existem dois tipos de poderes, o privado e o público. No privado, o povo é quem mantém todas as estruturas de tal poder, no caso, como mercado consumidor ou usuário do serviço prestado por tal empresa privada. No poder público, o povo também é a peça principal, com um diferencial, é o próprio povo que escolhe quem vai administrar o que é o seu, sendo que o gestor escolhido deve prezar o cargo que lhe é dado para continuar no poder. Poder privado, é propriedade particular, não sendo o proprietário obrigado a da satisfações a massa de como é gerido os recursos de sua empresa. No público, é bem diferente, o gestor deve satisfação ao cidadão e és obrigado a prestar conta de todo recurso que entra e as maneiras como são aplicados.

Vamos então discorrer sobre o que nos interessa, o poder público. Qual a grande problemática e confusão feita por quem está no poder? Vejamos: quem exerce cargo público nos poderes executivo e legislativo, precisam concorrer numa eleição e ser escolhido através do voto para representar a população que lhe escolheu para isso. O problema surge a partir do momento que este se torna eleito oficialmente, todo aquele discurso de período de campanha muda completamente, e aqueles que eram tão essenciais e valorizados, muitas vezes são esquecidos e tratados como insignificantes durante 4 anos. O que me leva a crê que uma das partes é o ignorante da história, pois lá na empresa privada o povo é tratado de forma a utilizarem e consumirem o que a empresa oferece e sempre voltarem através do bom atendimento, qualidade dos produtos e marketing, para assim os lucros aumentarem. Alguns gestores do poder público preferem em sua maioria o mau atendimento ao público, má qualidade de serviços e um marketing não atrativo e convincente, mas sim ilusionista, que não engana nem mais “o bobo na casca do ovo”.

No período eleitoral, é impressionante como a humildade encarna tanta gente, apertos de mãos e abraços dissimulados são frequentes, bebe-se o que não quer, come-se o que não gosta e até dormem longe do conforto de suas casas. Se isso tudo era natural, então concluímos logo por aqui, que o caráter de alguns se modificaram ou criam-se personagens de período de eleição, na tentativa de ludibriar eleitores, tudo no intuito exclusivo de chegar à meta almejada, o poder!

São tantos absurdos visto por aí, que as vezes prefere-se dá um ar cômico a algumas situações, como meio de amenizar situações que chegam a passar dos limites da paciência de qualquer cidadão de bom senso. Todo governo necessita de uma equipe de trabalho, está não é escolhida pelo povo, e sim nomeada pelo gestor que o povo escolheu, para junto com ele administrarem tudo o que é da população de forma clara, atendendo seus anseios, necessidades e prioritariamente tratando a população com consideração e respeito.

Chegamos na realidade, e infelizmente nessa trajetória do poder público, inúmeros são os casos de humilhações a pessoas que necessitaram do que é seu por direito. O tempo passa, mas é impressionante como gestores, legisladores e pessoas nomeadas em cargos continuam confundido poder público (dado pelo povo) como poder privado, e o que é pior, acreditando que o povo são seus empregados e subordinados, esquecendo erroneamente que foram colocados, e ali não é um cargo definitivo e nem conquistado por seu intelecto e mérito pessoal, as vezes por grau de parentesco ou ligação ocasionalmente política. Parece que os exemplos que vimos e vemos não são suficientes para alguns perceberem os erros que comentem, talvez respirar ares de feudo e a soberba impregnada não os deixam enxergar que o poder é passageiro.

Nessas nossas andanças por aí, já vimos até pessoas que exerce um simples cargo de gestor escolar, quererem humilhar seus funcionários ou ditar poder dentro de escolas, outros, demonstram superioridade com um ar de arrogância, com um vestido ou sandália de grife, joias e carros importados, que não mede o mais importante, o intelecto. Lembro-me de um fato que ocorreu a mais de 5 anos atrás com uma conhecida minha, que se direcionou a uma repartição pública do município de Tutóia para cobrar uma funcionária que a devia, lá à funcionária fica furiosa e joga o dinheiro no chão, e ainda sai com o nariz empinado, coitada! Hoje o poder passou, trabalha sem se quer ganha um salário mínimo, e minha conhecida continua a mais de 10 anos exercendo a função que conquistou através de concurso público. Repito mais uma vez, o poder é passageiro...

Assim concluo, analisando o quanto alguns gestores escolhem mal tanto o modelo de governar como a equipe para auxiliar em seus trabalhos, muitos deveriam antes, fazer um curso de gestão pública ou de relações humanas, para se sensibilizarem sobre como realmente devem tratar o público, público este o verdadeiro responsável por muitos estarem vestindo, calçando e andando no luxo. Algumas dessas equipes e modelos de governo estão sendo nesses últimos anos, o grande cabo eleitoral de quem os opõe. Lembrei da toada do boi Delta das Américas “Eleição vem aí, nesse dia pobre tem dinheiro, carro de luxo para andar”, nunca foi tão real essa toada com as vivências de período de eleição.

Poder público não é eterno, não é humilhando e ditando poder que se mantém no mesmo, mas sim conquistando respeito do povo, do mesmo modo que no poder privado, só que com mais afinco, pois lá no privado o povo é apenas consumidor, no público é ele que coloca e tira também. Em fim caros leitores, já dizia o dito popular “Quer conhecer uma pessoa dê poder a ela”, se não mudarem são autênticas, se mudarem é porque o poder as transformou ou simplesmente revelou sua verdadeira identidade.

Frase para reflexão: “Para bem conhecer a natureza dos povos, é preciso ser príncipe, e para conhecer bem a dos príncipes, é necessário pertencer ao povo.” (Do livro O Príncipe de Maquiavel)

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